Na tentativa de reverter a vantagem da sua adversária Dilma Roussef na Região Nordeste, José Serra prepara uma seqüência de visitas aos Estados nordestinos, onde apresentará suas propostas para a Região. Acusado de ter preconceito contra a região, o tucano diz que a afirmação faz parte do "terrorismo eleitoral" do governo. O candidato vai discutir propostas de governo com aliados em cada Estado.
Ceará e Pernambuco já foram avaliados. As prioridades para o desenvolvimento destas localidades já foram avaliadas pela equipe do tucano. O primeiro precisa de urgentes investimentos em infraestrutura e saúde. Já o segundo cobra recursos para avançar muitas obras inconclusas, como a duplicação da BR-323 até Arcoverde e Garanhuns.
O Estado do Ceará deu ao programa de Serra um exemplo que pode ser expandido por todo o Nordeste - trata-se da bem sucedida experiência dos agropolos, que ampliou a produção de frutas e flores para exportação e criou muitos empregos.
A prioridade número um de Pernambuco é a conclusão da ferrovia Transnordestina, que deve ser acoplada ao porto de Suape. O Estado também quer que a transposição das águas do Rio São Francisco seja melhorada com a construção do Canal do Sertão, que vai irrigar Petrolina e Araripe. O terceiro ponto é a conclusão da Refinaria Abreu e Lima, obra que o governo Lula deixou praticamente parada.
O senador Tasso Jereissati, em Fortaleza, contou que não há obras do PAC no Estado. "Desafio qualquer um a me mostrar uma obra do PAC", disse. Ele quer que o programa de Serra contenha a ampliação do Hospital Geral de Fortaleza - HGF. O candidato Jarbas Vasconcelos, em Recife, elogiou a proposta de ouvir aliados nos Estados para afinar seus programas de governo com o de José Serra. "Nunca houve essa preocupação dos candidatos a presidente", afirmou.
O programa de governo do candidato José Serra vai incorporar a visão de cada estado sobre as 40 áreas de governo e, ao mesmo tempo, será compatibilizado com os programas dos aliados candidatos aos governos estaduais.
Correio da Tarde
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